Guilhotina, fuzilamento, forca, cadeira elétrica, injeção letal,
caminhar na prancha. A maioria dos países já aboliu a pena de morte,
mas, em 78 nações, a execução de condenados ainda é uma prática
recorrente. No Brasil, a pena foi adotada até o século 19, tendo sido
abolida oficialmente em 1891 com a Constituição da República, que
legalizava a ação apenas em situações de guerra. Quem ainda defende a
pena capital costuma argumentar que, diante da possibilidade de uma
execução, o medo ajudaria a evitar o crime. Pode não ser bem por aí: em
países onde a pena ainda é adotada, a criminalidade não diminuiu.
Se as mais “convencionais” penas de morte já parecem crueis, espere
até conhecer as punições aplicadas, mundo afora, em um passado não tão
distante. De pisoteamentos a tiros de bala de canhão, conheça 6 penas de morte bizarras:
1. Ataques de animais
Ser jogado aos leões já teve sentido bastante literal. Esqueça as
armas e armaduras usadas pelos gladiadores que eram colocados frente a
frente com grandes animais ou oponentes habilidosos para lutar pela
sobrevivência. Quando os condenados à morte entravam na arena
(desarmados, claro), o vencedor do embate já estava decidido. Além de
leões, tigres e ursos, em algumas partes do mundo também era comum
condenar criminosos ao pisoteamento por cavalos. Ai. Também popular no
sul e sudoeste da Ásia, principalmente na Índia, era o esmagamento por
elefantes – punição capital tão cruel quanto soa. Os animais eram
treinados tanto para matar rapidamente suas vítimas, quanto para
torturá-las lentamente.
Leia também: Quem foi o último condenado à morte no Brasil
2. Desmembramento
Cortar, rasgar, puxar, arrancar. Taí uma série de verbos que ninguém
quer ver associada ao próprio corpo. No século 17, no entanto, o
desmembramento era uma punição comum. A pena era executada de maneira
assustadora: as pernas e os braços do condenado eram acorrentados a
quatro cavalos, que eram então comandados a puxar, puxar e puxar até
arrancar todos os membros. Este show de horrores era aplicado geralmente
aos regicidas, como foi o caso de François Ravaillac, despedaçado em
1610 depois de assassinar o Rei Henrique IV da França. Se Jaime
Lannister soubesse…
3. Escaldamento
Já popular na Europa durante a Idade Média, Henrique VIII da
Inglaterra legalizou o escaldamento como pena capital no país em 1532.
Os condenados – geralmente assassinos que usavam venenos para dar fim à
vida de suas vítimas – eram imersos em água ou óleo fervente até a
morte. Para implementar essa cruel pena, era normal usar um caldeirão,
em um processo que poderia durar até duas horas.
Leia também: Como funciona o corredor da morte
4. Funeral vivo
É exatamente isso que você está pensando. Ser enterrado vivo já foi
uma pena capital. Desde a Roma Antiga, “funerais prematuros” foram
aplicados como forma de punição tanto para virgens que quebravam o voto
de celibato, quanto para prisioneiros de guerras e mães acusadas de
infanticídio (assassinato de crianças).
5. Bola de canhão
Ser atingido por uma bola de canhão já seria o suficiente para dar um
fim (doloroso) à vida de um criminoso condenado. Mas o método empregado
nesta punição não abria espaço para qualquer risco de percurso:
habitualmente, a vítima era amarrada à boca do canhão antes de ele ser
disparado à queima roupa. Frequentemente, isso provocava também o
desmembramento violento do condenado.
6. Apedrejamento
Ser apedrejado até a morte. Se pertencesse apenas ao passado, esta
pena já daria calafrios. Mas fica pior: é aplicada até os dias de hoje
na lei islâmica, a Sharia. Desde o século 2, o apedrejamento é praticado
em países como Afeganistão, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã,
Nigéria, Paquistão e Sudão. Os condenados são geralmente os adúlteros, e
a pena para quem pula a cerca tem regras: o sentenciado é enterrado no
chão (as mulheres, até a altura do peito; homens, até a cintura) e é
alvejado pelo povo até a morte. A recomendação é que as pedras usadas
não sejam grandes demais, para não “correr o risco” de finalizar a
punição com apenas uma ou duas pedradas.
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